Resenha:Feia




Editora:Bertrand Brasil 
Autora:Constance Briscoe













A história real de uma infância sem amor



Qual será o limite da maldade de uma mãe com sua filha?
Entreguei a minha fotografia, tirada na escola, para minha mãe. Ela olhava da fotografia para mim. De mim para a fotografia. Então disse: “Meu Deus, como ela pode ser tão feia. Feia. Feia.”
Essas palavras cruéis são apenas o começo. A mãe de Constance foi sistematicamente violenta com a própria filha, física e emocionalmente, durante toda a sua infância. Apanhando e sendo privada de comida, Constance estava tão desesperada, que foi sozinha até o Serviço Social e suplicou por proteção. Quando isso não deu certo, tentou dar fim à vida, tomando alvejante, uma vez que era chamada de “germe” por sua mãe. Desenvolveu caroços nos seios, uma situação médica rara para uma criança, por conta dos beliscões nos mamilos e socos desferidos pela mãe. Quando tinha 13 anos, foi abandonada em casa por sua conta e risco: não havia gás, luz ou comida.
Entretanto, de alguma maneira, Constance encontrou coragem para sobreviver. Esta é a sua comovente — e essencialmente triunfante e inspiradora — história.
Pelo fato de ter relatado as memórias de sua infância em Feia, que já vendeu quase meio milhão de cópias em todo o mundo, Constance foi processada por difamação por Carmen Briscoe-Mitchell, sua mãe. No entanto, o júri foi unânime em reconhecer a veracidade da autobiografia, comprovada pelas cicatrizes, testemunhos e relatos médicos. Durante o julgamento, Constance disse que decidira escrever a sua história como exemplo de superação das adversidades e porque a sua mãe não merecia o seu silêncio.

Uma biografia surpreendente. Terminei o livro totalmente arrepiada por causa de toda a força de vontade que Constance Briscoe nos mostrou ter quando era apenas uma criança

Sim, eu fiquei de cara com todos os abusos que ela sofria. O pior em tudo isso é que a agressora principal era sua própria mãe (digo a principal porque seu padrasto também participava). A mãe que ela, quando uma criança, amava, e a mãe que ela passou a odiar com todas as suas forças.

A leitura flui maravilhosamente bem, voçê sempre quer ler um pouco mais, apesar das verdades terríveis que Constance tem a nos contar sobre ela mesma, a menina que sofreu todo tipo de violência.. verbal, física, moral, psicológica.. teve sua dignidade jogada na lama por conta das diversas agressões de sua mãe, e uma certa impotência do pai que se manteve de certo modo alheio a tudo isso, e pouco fez para ajuda-la. É terrível e difícil de aceitar como pode haver uma mãe tão cruel assim, mas a realidade é que de fato existe, é o que o relato de Constance Briscoe nos conta.

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