Entrevista de Quinta com Mauricio Gomyde


  


  Olá gente,tudo bem com vocês? Então,"Entrevista de Quinta" será uma coluna em que eu postarei toda quinta-feira uma entrevista,com autores parceiros,blogueiras,o que vier em mente kkk
  O primeiro entrevistado é nosso querido Maurício Gomyde,autor de "O Mundo de Vidro", "Ainda não te disse nada" , "O Rosto que Precede o Sonho" e "Dias Melhores pra Sempre".


1-Como foi feita a divulgação de seus livros?
R: A divulgação dos meus livros sempre foi feita via internet. O fato de ser autor independente exige que se faça um trabalho ainda maior, já que os livros não vão para as prateleiras das lojas. Tenho canais nas principais redes sociais (facebook, twitter, Google+, Skoob) e atuo diariamente. Faço muitas parcerias com blogs de literatura também, além de participar de uma série de eventos literários pelo Brasil.


2-Como voce se organiza no dia-a-dia?
R: Dedico algo como três ou quatro horas por dia para escrever, responder as entrevistas, manter as redes sociais. Também tenho outra atividade profissional, então precisei definir um horário para fazer as coisas da literatura. A rotina diária começa às cinco da manhã e vai até oito e meia, mais ou menos.


3-Voce tem alguma mania na hora de escrever?
R: Acho que a única delas é escrever escutando música. Não consigo escrever em silêncio. Eu crio a playlist do livro e coloco para repetir. Então, as canções que podem inspirar a história vão tocando e vou escrevendo. De resto, é só sentar e descer a mão no teclado. rs


4-O que você acha das parcerias com os blogs literários?
R: Acho fundamentais, porque são canais feitos por pessoas abnegadas, dedicadas exclusivamente a divulgar a literatura (especialmente a nova literatura nacional). Acho imprescindível que um autor hoje esteja neste meio, seja ele independente ou publicado. Muitas discussões interessantes, muitas postagens boas. Acaba que se consegue atingir um público muito maior, em lugares onde provavelmente nunca iremos pessoalmente.


5-Voce gostaria de ser algum personagem seu?
R: Acho que eu gostaria de ser todos eles, sério. Vivo tão intensamente as histórias que coloco muito de mim, ali. E insiro características que, certamente, eu gostaria de ter. Inclusive a Marina, do Ainda não te disse nada. Eu gostaria de ser ela também. rsrs


6-Qual personagem você mais gostou de escrever e porque?
R: Bom, se eu precisar citar um, diria que o Tomas Ventura, do "O Rosto que Precede o Sonho". Digo isso porque ele é totalmente ligado em música, é compositor (assim como eu), vive uma vida interessante, num barco. E porque a história se passa em Brasília (minha cidade), conheço bem o cenário, que fica aqui pertinho de casa. Tive um envolvimento muito grande com ele. Seria alguém que eu gostaria de conhecer, se existisse realmente.


7-Voce acredita que há preconceito com os autores brasileiros?
R: Acho que ainda há, sim, mas é bem menor do que há poucos anos. A turma vem descobrindo que nós conseguimos também escrever boas histórias, com enredos interessantes. Histórias passadas no nosso quintal, na nossa aldeia, na nossa tribo, acabam bem mais vívidas do que aquelas passadas em Londres, por exemplo. Acho que, como o cinema nacional, que hoje não é mais alvo de preconceito (muito pelo contrário!), com bons livros os autores nacionais conseguirão derrubar esta barreira que ainda persiste.


8-Você tem novos projetos em mente? Se sim,pode falar sobre eles?
R: Bom, estou na iminência de lançar meu quarto livro, chamado "Dias Melhores Pra Sempre". Até o final do ano sairá o box com meus quatro livros, em novo formato. No ano que vem sai meu segundo livro "Ainda não te disse nada" em inglês. E, de resto, já comecei a rabiscar o quinto livro.


9- Um Quote especial de um de seus livros:
R: De "O Rosto que Precede o Sonho": Ninguém precisa me dizer nada a não ser eu mesmo. E quero dizer que gosto verdadeiramente de ser quem sou. Não desejo ser mais bonito nem mais feio. Nem mais alto ou mais baixo. Muito menos mais gordo ou mais magro. Inteligente ou burro. Rico ou pobre. Mais ou menos branco ou preto. Não seria eu. Sou precisamente o que sou agora. Poderia definir como ‘acomodação’, mas não quero ser menos acomodado nem mais vibrante. Não seria este que tem mil defeitos, mas que, de certa forma, tenta ser bem sucedido no que se propõe a fazer. Quero ser de forma completa esse em quem me transformei. Ou no que me transformarei a cada novo instante. Porque não sou mais o que era há alguns minutos antes de começar a escrever. Somos fruto das nossas escolhas, e o que se apresenta aqui é resultado de cada decisão que tomei ao longo da minha trajetória.


10-Qual é seu conselho para aqueles que desejam ser escritores?
R: Viva intensamente o livro que você deseja escrever. Pesquise tudo sobre ele, seu passado, seu presente e seu futuro. Seja a personagem, visite os cenários do seu livro, ouça as músicas que seus personagens ouvem. Ao final do livro, certamente você será uma pessoa muito melhor.



Adorei a entrevista,muito obrigada Mauricio. Sucesso pra ti. beijoo


  



Comentários

  1. Eu também não consigo escrever no silêncio! Me distraio muito. :O
    Ficou super bacana a entrevista, Juliana! Parabéns. :)

    Um beijo,
    Luara - Estante Vertical

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  2. Adorei essa entrevista, realmente ficou muito legal. Parabéns!
    refugio--literario.blogspot.com

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