Resenha:Cruzando o Caminho do Sol






Título:Cruzando o Caminho do Sol
Autor:Corban Addison
Editora:Novo Conceito







Sinopse: Sita e Ahalya são duas adolescentes de classe média alta que vivem tranquilamente junto de seus familiares, na Índia. Suas vidas tranquilas mudam completamente quando um tsunami destrói a costa leste de seu país, levando com suas ondas a vida dos pais e da avó das meninas. Sozinhas, elas tentam encontrar um modo de recomeçar a vida. Mas elas não devem confiar em qualquer um... Enquanto isso, do outro lado do mundo, em Washington, D. C., o advogado Thomas Clarke enfrenta uma crise em sua vida pessoal e profissional e decide mudar radicalmente: viaja à Índia para trabalhar em uma ONG que denuncia o tráfico de pessoas e tenta reatar com sua esposa, que o abandonou. Suas vidas se cruzarão em um cenário exótico, envolto por uma terrível rede internacional de criminosos. Abrangendo três continentes e duas culturas, Cruzando o Caminho do Sol nos leva a uma inesquecível jornada pelo submundo da escravidão moderna e para dentro dos cantos mais escuros e fortes do coração humano.


O romance é divididos em quatro partes e nos mostra uma história que ocorre em três continentes: Ásia (Índia), Europa (França) e América (Estados Unidos) e nos conta a história de duas irmãs, Ahalya, de 17 anos, e Sita, de 15. A narração começa já com uma tragédia, em um passeio pela praia, Sita e Ahalya veem toda a sua família morrer depois de uma tsunami. A partir daí, sozinhas e sofrendo muito, as duas irmãs pegam algumas joias e um retrato da família e seguem com o objetivo de chegar ao Colégio St. Mary, onde a irmã Naomi (diretora) as iria acolher e ajudar. 

Elas não tinham ideia de tudo o que iriam enfrentar, já que um acontecimento no percurso mudará o destino delas. As garotas passarão por um verdadeiro inferno durante a viagem, que culminará com a venda das garotas para um prostíbulo em Mumbai.

Paralela à história de Sita e Ahalya, o livro narra a história do advogado americano Thomas Clarke.O seu casamento com a indiana Priya começou a desandar após a morte, por causa desconhecida, de Mohini, sua filhinha de 11 meses.

Ainda muito abalado com a separação de Priya, Thomas se vê envolvido em uma trapaça por parte dos seus "colegas" de trabalho e chega ao ponto em que seu superior sugere que Thomas tire férias ou até mesmo uma licença remunerada. No final das contas, a solução encontrada por Thomas é trabalhar no escritório da ACES (Aliança Contra a Exploração Sexual), em Mumbai, onde estava Priya. É aí que a história de Thomas, quando ele se vê desembarcando em Mumbai, se encontra com a história de Sita e Ahalya. 

Eu geralmente me coloco no lugar dos personagens, imaginando o que faria, como agiria e vi em duas meninas a força, a vontade de viver e reviver o que tinham num passado não muito distante, a paz, o amor da família, amigos, a felicidade; e acredito que são estes os sentimentos que as pessoas que passam pelas mesmas coisas devem ter, apesar de toda dor e sofrimento. É difícil imaginar como alguém consegue tomar posse da vida do outro assim, passando dos limites, invadindo, literalmente, seu espaço.

O modo como o autor nos mostra a cultura indiana é magnífico. Podemos conhecer um pouco mais da culinária, os pratos, como comem e do que é feito; da religião, dos deuses, dos questionamentos feitos, o carma; e da sociedade, como funciona, o que acontece, a corrupção.

"Cruzando o Caminho do Sol" é um livro que te faz refletir, principalmente por mostrar a realidade do mundo em que vivemos. Além disso, o título do livro é explicado, e isso é algo que me chamou a atenção. Vemos alguns livros que o título é bastante óbvio, algum elemento chave ou algo do tipo, mas aqui é algo poético, que ultrapassa a barreira do óbvio, do pressuposto. 



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